Tuesday, July 04, 2006

Independence Day






nem de proposito, numa epoca de patriotismos ‘a custa dos futebois, chega o 4 de julho.
Hoje ‘e feriado ca na terra – ‘e o dia da independencia.

Em 1776 um grupo de rapazes do norte despachou a coroa inglesa de volta pra sua ilhota e declarou um novo estado, os US.
Nessa altura a maior das motivacoes foi a diferenca. Essa rapaziada tinha uma outra maneira de ver o mundo, tinha uma ordem diferente de valores e partilhava do sonho dum outro pais; um pais de liberdade, sem preconceitos, democrata e onde todos fossem iguais perante a lei (se isto em 2006 continua a ser uma miragem pra grande maioria do globo, tenho q admitir q em 1776 estes homens so podem ter sido uns lunaticos, … mas com uns grandes tomates!).
Quando se compara todo continente americano esta diferenca saltita. Enquanto q no centro e sul a ganancia e a escravatura deram lugar ‘a ganancia e ‘a escravatura com sotaque, a norte a ruptura foi total. Ninguem era contra a ladroice dos britanicos, so pq nao eram eles proprios a roubar, nao, havia a partilha do sonho!
Isto ‘e tao assim q nao conheco nenhum americano anti-britanico, muito pelo contrario, ambos se veem como povos amigos e aliados, partilham, cooperam e elogiam-se entre si, tem ‘e sonhos diferentes! (ao contrario, os restantes paises ditos "latinos" continuam as suas buscas dos culpados-maiores e o povinho, roubado e com a mente trabalhada pelos netos dos antigos colonizadores, continua a culpar esses europeus da peninsula iberica).

Por isso ‘e q hoje nao ‘e o dia anti-britanico ou anti-colonialismo, mas sim ‘e o dia da America, o dia de celebrar um ideal diferente, uma maneira diferente de ver a vida e o mundo – a independencia foi o tiro de largada pra construcao do sonho.

Este traco ‘e tao marcante na cultura Americana q por mais estrangeiros q chegem a este lado do mundo (e sao aos milhares mensalmente) nunca a America ira’ ser diferente; como europeu e portugues, tenho q admitir q o choque ‘e grande, ou melhor…. enorme!
Mas ‘e um choque curioso, ‘e um misto de comtemplacao e repudio. Ha em muitas coisas um querer ser assim, uma vontade enorme q o meu Portugal tivesse e vivesse aquele bocado ali, este pedacao aqui e ao mesmo tempo um arrepio aos ve-los comer ‘a mesa e ficar 3 minutos a pensar q raio de animal me fazem lembrar!

Pouco tempo depois de chegar, lembrei-me do charme europeu. Tava ai’ assunto com q nunca tinha perdido tempo …. mas aqui fazia todo o sentido; lembro-me q na altura percebi porque ‘e q o 007 tinha q ser um agente ingles.
Nao ‘e q nao existam maneiras; existem ‘e as deles, as maneirinhas americanas q aos olhos de um europeu, nao passam de selvajarias dum novo-rico pouco polido.

Hoje tenho quase a certeza q a America nunca ira ser diferente, quem chega de novo ira’ ser “vandalizado” mesmo o mais fechadinho de todos. Quem se for embora tera’ q reaprender a viver; saem diferentes e essa diferenca ‘e o legado da rapaziada do seculo XVIII.
Por muito cuidado q venha a ter vou com toda a certeza levar tiques e ideias yankees e vao-me apontar o dedo numa qualquer conversa de café sem no entanto saberem muito bem de que ‘e q eu estou a falar …. mas nesse dia sei q vou estar em casa, sim, pq eu sei q nao pertenco aqui!

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