hoje,JN... interessante!
Os homens são mais calculistas que as mulheres em matéria de amizade. Isto é, pelo menos, aquilo que conclui a investigação feita por um núcleo de estudos da Universidade de Manchester. O prestígio do sexo masculino não sai muito bem tratado pelos resultados desta pesquisa, que atribui à população feminina uma maior capacidade para manter as amizades não só nos bons como nos maus momentos.
Sociólogos do Centro de Pesquisa sobre Mudança Socio-cultural da Universidade de Manchester estudaram dez mil indivíduos ao longo de quatro anos e chegaram a uma conclusão as mulheres são "melhores" na amizade do que os homens.
O coordenador desta investigação considera mesmo que a amizade manifestada por uma mulher "é mais profunda e mais moral, na medida em que o que está em causa é a relação em si e não aquilo que se poderá ganhar com ela". Ainda de acordo com Gindo Tampubolon, uma das características manifestadas pelo sexo feminino nas relações de amizade será a pouca importância atribuída à distância a que o outro mora ou ao estrato social a que pertence. As mulheres "tendem a manter as suas amizades quer vivam na mesma cidade ou a quilómetros de distância", o mesmo se passando no que toca à mobilidade social, refere o mesmo professor da Universidade de Manchester.
Esta investigação, que foi apoiada com verbas pela Comissão Europeia, indica que 75% dos nossos melhores amigos pertencem ao mesmo sexo que nós, ou seja as mulheres convivem mais com mulheres e os homens com homens.
Diferente é, contudo, a maneira de cada género enfrentar a amizade. É que as mulheres encaram a amizade "como uma forma de se expressarem e de formar a sua própria identidade", enquanto os homens procuram "o que há nisso que seja do meu interesse". A pesquisa, feita num meio socio-cultural britânico, chega também à conclusão de que no masculino eles baseiam muito o relacionamento nos convívios para tomar "um copo".
Este estudo conclui também que prevalece uma tendência para as classes médias conviverem com círculos sociais diferentes, enquanto os estratos sociais mais baixos se restringem ao convívio com indivíduos do seu próprio círculo. Por outro lado, torna visível através do estudo que a amizade não é uma escolha, pois apesar dos contactos que tenhamos nem sempre nos tornamos amigos dos outros, seja na família, vizinhança, trabalho ou qualquer ambiente.
Constância não fica só entre o género feminino
Se bem que as mulheres sejam mais constantes que os homens nas suas amizades, há grupos que demonstram também fidelidade . São eles os celibatários, as pessoas idosas e os trabalhadores dos serviços.
Cortes acontecem em fases difíceis da vida
Ainda que a amizade tradicionalmente seja enaltecida como necessária aos momentos difíceis, a verdade é que os dados do estudo britânico revelam rupturas ou distanciamentos em fases-chave. Assim, os amigos podem desaparecer quando o outro se casa, se divorcia ou fica viúvo. Uma gravidez também separa amigos ou mesmo a mudança de escola de um filho.
Lazer é a situação preferida pelos homens
Desporto e "um copo" são ambientes preferidos pelo sexo masculino para fazer e manter amizades. Estas são, assim, um sub-produto do lazer. A duração das amizades também é diferente. Por exemplo, 6% dos homens e 9% das mulheres afirmam mantê-las por 12 anos ou mais .
posted by nuno at 6:43 PM
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