... a coisa comeca a mudar :)
Mariano Gago: "Falta meio milhão de investigadores na Europa"
20.07.2007 - 17h25 Lusa
O ministro português da Ciência, Mariano Gago, afirmou hoje que a Europa precisa de mais meio milhão de investigadores, anunciando que os Estados-membros da União Europeia (UE) estudam formas de aumentar os recursos humanos no sector e de atrair imigrantes qualificados.
No final da reunião ministerial da UE dedicada à Ciência, Investigação e Competitividade, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior disse que "falta meio milhão de investigadores na Europa".
O governante considerou também que "a situação não é trágica" e que existe uma ambição europeia de aumentar o número de cientistas. "A Europa tem um número elevado de investigadores", verificando-se mesmo um "crescimento muito ligeiro do número de cientistas", referiu também Mariano Gago.
"Existe é uma situação diversa quando comparamos a Europa e os Estados Unidos" e um problema quando se analisa a situação real e "as ambições de crescimento", acrescentou o ministro.
O comissário europeu para a Ciência e Investigação, Janez Potocnik, deu números concretos sobre a situação: "Em cada mil trabalhadores, apenas cinco são investigadores, nível inferior ao dos Estados Unidos da América, que está próximo dos nove, e ao do Japão, que se aproxima dos dez".
"Hoje só temos entre cinco a cinco e meio investigadores por mil trabalhadores da população activa, enquanto nas grandes economias que competem com a UE esses números situam-se em cerca de oito", acrescentou Mariano Gago.
"Enorme oportunidade para a criação de emprego qualificado"
Para o ministro, a situação actual, contudo, tem aspectos positivos: "É uma enorme oportunidade para a criação de emprego qualificado e para a atracção de jovens para as profissões científicas na Europa e para a captação de jovens com talento de todo o mundo para virem trabalhar para a Europa".
Os recursos humanos na área da ciência e tecnologia, bem como a questão da "fuga de cérebros" ou a incapacidade de "atrair cérebros" foram dos principais temas da reunião ministerial dos 27, que decorreu ontem e hoje, na sede da presidência portuguesa da UE, instalada no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.
O comissário explicou uma das razões pelas quais os governantes europeus parecem tão preocupados com o aumento de recursos humanos qualificados: "Se olharmos para o que mais atrai o investimento privado, veremos que uma das principais coisas é o conhecimento".
Agora, os 27 têm pela frente vários desafios: conseguir atrair jovens para carreiras de ciências e tecnologia, aumentar o número de mulheres na área da investigação e atrair estudantes estrangeiros qualificados.
Numa conferência de imprensa que durou mais de 40 minutos, Mariano Gago sublinhou a importância de lançar políticas de imigração de forma a atrair estudantes e pessoas qualificadas na área da ciência e das tecnologias que vivam em países onde é mais difícil desenvolver o seu trabalho.
Sem concretizar, o comissário europeu frisou ainda que "há medidas que podem ser trabalhadas a nível europeu e outras a nível nacional".
As conclusões da reunião de hoje serão aprovadas no Conselho de Ministros dos 27 para o sector, em Novembro, em Bruxelas, e depois enviadas para o Conselho dos Chefes de Estado e de Governo, em Dezembro.
"As decisões de Dezembro servirão de base para a avaliação global da Estratégia de Lisboa, que ocorre todos os anos no Conselho da Primavera" de líderes europeus, explicou ainda Mariano Gago.
20.07.2007 - 17h25 Lusa
O ministro português da Ciência, Mariano Gago, afirmou hoje que a Europa precisa de mais meio milhão de investigadores, anunciando que os Estados-membros da União Europeia (UE) estudam formas de aumentar os recursos humanos no sector e de atrair imigrantes qualificados.
No final da reunião ministerial da UE dedicada à Ciência, Investigação e Competitividade, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior disse que "falta meio milhão de investigadores na Europa".
O governante considerou também que "a situação não é trágica" e que existe uma ambição europeia de aumentar o número de cientistas. "A Europa tem um número elevado de investigadores", verificando-se mesmo um "crescimento muito ligeiro do número de cientistas", referiu também Mariano Gago.
"Existe é uma situação diversa quando comparamos a Europa e os Estados Unidos" e um problema quando se analisa a situação real e "as ambições de crescimento", acrescentou o ministro.
O comissário europeu para a Ciência e Investigação, Janez Potocnik, deu números concretos sobre a situação: "Em cada mil trabalhadores, apenas cinco são investigadores, nível inferior ao dos Estados Unidos da América, que está próximo dos nove, e ao do Japão, que se aproxima dos dez".
"Hoje só temos entre cinco a cinco e meio investigadores por mil trabalhadores da população activa, enquanto nas grandes economias que competem com a UE esses números situam-se em cerca de oito", acrescentou Mariano Gago.
"Enorme oportunidade para a criação de emprego qualificado"
Para o ministro, a situação actual, contudo, tem aspectos positivos: "É uma enorme oportunidade para a criação de emprego qualificado e para a atracção de jovens para as profissões científicas na Europa e para a captação de jovens com talento de todo o mundo para virem trabalhar para a Europa".
Os recursos humanos na área da ciência e tecnologia, bem como a questão da "fuga de cérebros" ou a incapacidade de "atrair cérebros" foram dos principais temas da reunião ministerial dos 27, que decorreu ontem e hoje, na sede da presidência portuguesa da UE, instalada no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.
O comissário explicou uma das razões pelas quais os governantes europeus parecem tão preocupados com o aumento de recursos humanos qualificados: "Se olharmos para o que mais atrai o investimento privado, veremos que uma das principais coisas é o conhecimento".
Agora, os 27 têm pela frente vários desafios: conseguir atrair jovens para carreiras de ciências e tecnologia, aumentar o número de mulheres na área da investigação e atrair estudantes estrangeiros qualificados.
Numa conferência de imprensa que durou mais de 40 minutos, Mariano Gago sublinhou a importância de lançar políticas de imigração de forma a atrair estudantes e pessoas qualificadas na área da ciência e das tecnologias que vivam em países onde é mais difícil desenvolver o seu trabalho.
Sem concretizar, o comissário europeu frisou ainda que "há medidas que podem ser trabalhadas a nível europeu e outras a nível nacional".
As conclusões da reunião de hoje serão aprovadas no Conselho de Ministros dos 27 para o sector, em Novembro, em Bruxelas, e depois enviadas para o Conselho dos Chefes de Estado e de Governo, em Dezembro.
"As decisões de Dezembro servirão de base para a avaliação global da Estratégia de Lisboa, que ocorre todos os anos no Conselho da Primavera" de líderes europeus, explicou ainda Mariano Gago.